terça-feira, 12 de maio de 2009

participação especial

Hoje o Fullblog recebe um texto especialíssimo de uma grande amiga e companheira de profissão-A jornalista Paula de Társsia. Em uma análise crítica, ela identifica as transformações e ratifica da importância da Mídia para vida de todas as pessoas.


A sociedade do riso

Desde Antiguidade, o entretenimento faz parte do cotidiano das pessoas, hoje na contemporaneidade, ele prevalece nas programações midiáticas. A preocupação de divertir é maior que a preocupação de informar, isso por um motivo simples; uma sociedade bem informada é uma sociedade mais crítica, portando, a informação de qualidade, não atende os interesses de muitos, principalmente de alguns políticos, cujos estão ligados diretamente, ou indiretamente, as mídias.

Para aqueles que detêm a fórmula do divertimento, a diversão é a única coisa que a sociedade necessita. Educação? Saúde? Infra-estrura? Quem precisa disso, quando já se tem distração? Violência, desemprego, mortalidade infantil, prostituição, são acontecimentos das sociedades bem informadas, bem informadas, não no sentido de muitas informações, mas sim, informações bem apuradas, analisadas e objetivas. Na “sociedade do riso” as mazelas sócias não existem, ou seja, tudo é perfeito.

Se por volta do ano 108 a.C a principal fonte de entretenimento eram os circos, hoje são os meios de comunicação. O circo vem perdendo espaço para os programas que visa descontrair, sendo assim, as pessoas não têm o trabalho de saírem de suas casas, para irem ao circo, ou até mesmo, a um teatro assistirem uma peça de qualidade. Elas não precisam ir à busca do espetáculo, o espetáculo vai a elas em simples cliques de botões.

O crescimento dos programas de entretenimento é significativo. Reserve um dia para assistir a programação da TV aberta e verá pouca informação e muito divertimento. Talvez seja pelo fato que a maioria dos brasileiros só têm acesso a TV aberta e diverti-los é mais fácil do que informá-los.O dinheiro o qual esse tipo de programação arrecada, deve ser muito expressivo, pois até mesmo aqueles que a função é informar, investigar, denunciar, ou seja, os jornalistas, migram para esse ramo.

Mesmo quando destinam um mísero tempo para informação, a preocupação de torná-la interessante é levada em conta, noticiando tragédias, casos bizarros e as conclusões das notícias, em vez do andamento. Em um universo dominado pelo temor de ser entediante e pela preocupação de arrecadar mais capital, divertir a qualquer preço é o objetivo da maioria dos meios de comunicação.


Paula de Társsia